A Organização Mundial de Saúde (SMS) declarou neste sábado (23) que a varíola dos macacos é uma emergência global. O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que é possível controlar o surto e parar a transmissão com as ferramentas que os países têm disponíveis. Os governos devem intensificar as ações de monitoramento, recomendou a agência. Uma “ação coletiva” será necessária para enfrentar essa nova crise de saúde, diz a agência.
A decisão de declarar a varíola dos macacos uma emergência foi tomada após nova reunião do Comitê de Emergência da OMS. Há um mês, com apenas 3 mil casos registrados, não houve consenso. Na nova reunião, também não foi uma decisão unânime sobre incluir a doença no nível máximo de alerta. Nove cientistas foram contrários e seis foram favoráveis. A OMS decidiu, mesmo assim, anunciar a declaração de emergência.
Em pouco mais de 10 anos, a OMS declarou emergência cinco vezes. Essa é a primeira que não tem a chancela do Comitê de Emergência. Até agora, mais de 16 mil casos já foram relatados em 75 países, segundo a OMS. O Brasil tem 607 casos confirmados da doença, segundo boletim de ontem do Ministério da Saúde. A maior parte, 438, em São Paulo.
Entre os casos registrados, 86 são do Rio de Janeiro, 33 de Minas Gerais, 12 do Distrito Federal, 10 do Paraná, 8 de Goiás, 5 da Bahia, 2 do Ceará, 3 do Rio Grande do Sul, 2 do Rio Grande do Norte, 2 no Espírito Santo, 3 em Pernambuco, 1 em Mato Grosso do Sul e 1 em Santa Catarina. O ministério afirmou, em nota, que mantém articulação direta com os estados para monitoramento dos casos e rastreamento dos contatos dos pacientes.
A doença tem entre os sintomas febre, dor de cabeça, dor muscular, gânglios (linfonodos) inchados, calafrios e exaustão, entre outros. A erupção cutânea aparece geralmente de 1 a 3 dias após o paciente começar a ter febre, surgindo no rosto e depois espalhando para outras partes do corpo, normalmente.
Verdinho