Durante uma live realizada em seu perfil do Facebook, no domingo (5), o deputado federal pelo Rio Grande do Sul Maurício Marcon (Podemos) classificou a Bahia como um Haiti, fazendo uma comparação pejorativa entre o estado brasileiro e o país africano como sendo locais “sujos e pichados”.
A declaração foi dada em resposta a um seguidor que perguntou se havia chances ou não de ser instaurada uma CPI para apurar a invasão aos palácios dos Três Poderes, em Brasília, ocorrida no dia 8 de janeiro.
Após responder que sim, ele apontou barreiras no governo federal – o deputado é crítico do presidente Lula (PT), na imprensa e na presença de políticos das regiões Norte e Nordeste na bancada de senadores, para que o processo seja levado adiante. Ele também culpou os eleitores do estado baiano dizendo que eles não cobram ações de seus políticos e que votam por R$50.
“O público do Sul e Sudeste cobra demais […] Mas no Nordeste isso não existe, até por causa da pobreza. Eu já conheci um parlamentar que me confessou que pagou para levar eleitor para votar. É um mundo tão diferente, que a gente que mora no Sul, Sudeste e Centro-Oeste tem dificuldade de entender o que acontece no Norte e Nordeste”, afirma.
Ele tentou comprovar sua fala a partir de testemunhos de outros políticos e de uma viagem que fez para a Bahia. “A gente esteve na Bahia e é um Haiti, não tem explicação. É uma pobreza, é tudo pichado, é sujo. E era uma área turística. A gente fica imaginando onde não é. A vida é muito diferente. E por que é pobre? Porque tem políticos que destroem”, diz.
Redação/PlantãoTeixeira