Até 2018, quem precisasse sacar dinheiro em Olindina, cidade de 22,6 mil habitantes localizada no nordeste da Bahia, tinha algumas opções. Três delas eram formais: duas agências bancárias e uma lotérica. As outras, são os ‘pontos de saque’, onde comerciantes representam os bancos de maneira informal. Daquele ano para cá, o Banco do Brasil fechou a unidade no município e a única agência que sobrou, do Bradesco, fechará as portas neste mês. A situação se repete em diversas regiões do interior, onde os moradores sentem na pele as consequências do abandono.
Welinton Pinheiro retornou à cidade onde nasceu neste ano, e bastou apenas alguns dias para perceber a falta que um banco físico faz. Precisava sacar dinheiro para fazer um pagamento, e a única opção era uma lotérica com filas. E a previsão é que a situação fique ainda mais difícil em Olindina, onde a única agência bancária já anunciou o fechamento.
“Me indicaram um ponto de saque, que funcionam assim: os moradores pagam alguma conta em determinado comércio da cidade. Aí chega uma outra pessoa que quer sacar, por exemplo, R$ 1 mil, e o ponto só tem R$ 500. É preciso esperar que entre mais R$ 500 de pagamentos para que o saque de R$ 1 mil seja autorizado”, explica Welinton Pinheiro, que é natural de Olindina e vive em Salvador. A informalidade é o jeito que os moradores enfrentam para driblar as dificuldades. *Ler mais no Correio 24h.