Quatro homens acusados de participar de uma chacina que deixou cinco pessoas mortas e duas feridas, na cidade de Itabela, foram presos após um trabalho de investigação da Polícia Civil que durou menos de 20 dias.
Nathan Glaubert Santos de Jesus, de 24 anos, Luiz Feliphe Lira de Oliveira, 18, Pauliran Souza da Silva Junior, 19, foram presos sexta-feira (19), durante a Operação Hepta, que cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços de Itabela. Já Antônio Carlos Santos Vasconcelos, 21 anos, que é apontado como autor intelectual do massacre, se apresentou na sede da 23ª Coorpin, em Eunápolis, na manhã deste sábado (20).
O delegado Moisés Damasceno, coordenador regional da Polícia Civil, informou que um adolescente de 17 anos está foragido. Ele é considerado o mais violento do grupo e tem envolvimento com o tráfico de drogas.
Informada de que o jovem estaria em Guaratinga, a polícia realizou diligência, na quinta-feira (18), e encontrou uma das armas utilizadas no crime, uma pistola 9mm, além de 34 pinos de cocaína e duas toucas ninjas.
MOTIVO FOI DINHEIRO – O delegado Moisés Damasceno informou que o crime foi motivado por dinheiro. O alvo era o morador da casa onde ocorreu a chacina, Gean Vieira da Silva, 43, que dias antes havia recebido uma quantia referente a uma herança.
O homem de 21 anos, acusado de planejar o crime, é filho de uma advogada e ficou sabendo que Gean, que era cliente de sua mãe, havia recebido a herança. O acusado – que trabalhava no escritório da mãe, acreditava que a vítima estava com o dinheiro guardado em casa e chamou outros quatro comparsas para ir até o local roubar a quantia. Ao chegarem lá, não encontraram o dinheiro e acabaram levando outros objetos, que foram recuperados pela polícia durante as investigações.
De acordo com a Polícia Civil, a caminhonete S10 usada pelos criminosos pertencia ao cliente de uma oficina mecânica de Itabela, que havia deixado o veículo no local para conserto. O responsável pela oficina estava envolvido no crime e utilizou carro para transportar os autores da chacina e os pertences roubados.
DINÂMICA DO CRIME – O delegado Moisés Damasceno disse que, a partir das prisões realizadas ao longo das investigações, foi possível montar a dinâmica do crime e entender a motivação. Ele salientou que não há qualquer indício de envolvimento da advogada no crime e que ela desconhecida o envolvimento do filho. “Ela não sabia de nada”, disse Moisés Damasceno.
A CHACINA – A chacina ocorreu no dia 30 de outubro em um barraco às margens da BR-101, entre os distritos de Monte Pascoal e Montinho, em Itabela. Quatro das cinco vítimas eram da mesma família. Das sete pessoas feridas durante a ação, cinco morreram, incluindo uma criança de 11 anos. Uma idosa de 66 anos, que ficou ferida, continua hospitalizada em estado grave em Itamaraju. Outra vítima foi alvejada por disparos no pé, mas conseguiu fugir.
Por: Radar64