O governador Rui Costa se recusa a dar o aumento sancionado pelo Presidente Jair Bolsonaro para os professores da Bahia. Rui, que passou 7 anos sem dar aumento algum ao funcionalismo estadual, quer apenas repor a inflação com um reajuste de 7%. Ele promete até entrar na Justiça contra o benefício.

A portaria federal que garante um aumento de 33% para os professores da Educação Básica foi assinada por Bolsonaro nesta sexta, depois de anunciada no dia 27 de janeiro. Com isso, o piso dos educadores passa de R$ 2.886 para R$ 3.845, valor 4 vezes menor que o de um vereador, que só trabalha um dia na semana.

Outros governadores e prefeitos também são contra e querem que o reajuste seja de apenas 7%. Bolsonaro lembrou a quem cabe a decisão. “A quem pertence a caneta bic para assinar o reajuste? Havia, sim, pedidos de muitos, mas muitos, chefes dos executivos estaduais e municipais querendo 7%.”

“O recurso, se a gente conceder 7%, a diferença de 26% fica pra quem? Como vai ser utilizado? Qual a melhor maneira de usar esse recurso? É com o professor ou é com o respectivo prefeito ou governador?”

Segundo o presidente, o reajuste de 33% é um meio de se valorizar 1,7 milhões de professores do ensino básico no Brasil que, de forma direta, estão envolvidos com a educação de 38 milhões de alunos. “Não precisei maisdo que poucos segundos para decidir, com o ministro Milton Ribeiro, que era justo conceder o aumento”.

“Eu sempre fiz uma coisa na minha vida, aprendi cedo, quando servi em Nioaque, Mato Grosso do Sul: se colocar do outro lado do balcão”, declarou o presidente. A Confederação Nacional de Municípios prega desobediência e recomenda que os prefeitos reajustem o salário dos professores só com base na inflação.

O ministro da Educação, Milton Ribeiro, disse que “chega de usar os professores e os profissionais de educação apenas como uma massa de manobra político-eleitoral. Está na hora de ações diretas e uma ação direta é essa que respeita o profissional e foi isso que, sob orientação do nosso presidente, nós fizemos”.

Ribeiro criticou os governo anteriores, pelo foco na criação de universidade e instituições de ensino superior. “A educação básica é o alicerce para que possamos ter uma nação equilibrada, com progresso. Como se constrói a casa pelo alicerce. Gestões anteriores, políticas anteriores festejavam iniciar a obra pelo telhado”.

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