com cerca de 32.200 menores que tiveram filhos em 2019, o que corresponde a 17,04% dos nascidos vivos no estado durante o ano passado, de acordo com dados preliminares da Secretaria de Saúde. Estudo divulgado pelo IBGE em julho aponta a Bahia como quinto estado com mais gravidez precoce.
Na Bahia, como na cena nacional, os números caem mas ainda são expressivos. Estatísticas consideram a faixa apontada pela Organização Mundial de Saúde como adolescência, dos 10 aos 19 anos. A América Latina e Caribe têm o segundo maior índice de gravidez na adolescência do mundo.
E o Brasil está acima da média da região, com taxa de 68,4 para cada mil adolescentes. Para a oficial do Unicef Luiza de Sá Leitão, “o mais importante é garantir a educação, além do conhecimento e o acesso aos métodos anticoncepcionais”.
Ela conta que, nas atividades de escuta com adolescentes, eles frequentemente apontam a escola como melhor local para obter informações sobre saúde sexual e reprodutiva. “Falta mais diálogo sobre o assunto nas famílias, o que ajuda a agravar o problema”.
Problemas demais
A maior parte das gestações não foi planejada ou é indesejada. SEgundo um relatório do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), inúmeros casos de gravidez na adolescência decorrem de abusos na infância e violência sexual, ou são resultados de uniões conjugais precoces.
Do ponto de vista pessoal, a gravidez precoce prejudica os estudos e “pula” uma parte importante da vida, de brincar, namorar, estudar ou pensar no futuro. 58% das grávidas adolescentes não trabalham nem estudam. Mas existe também os problemas clínicos.
Entre eles, doenças hipertensivas na gestação (como pré-eclâmpsia), aumento do risco de parto prematuro, anemia gestacional, Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), baixo peso do feto ao nascer e maior probabilidade de óbito materno no parto.
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