A Polícia Civil, através do delegado da Pasta de Homicídios, Manoel Andreetta, chegou em tempo hábil, a mais uma elucidação de um homicídio consumado, praticado contra a vítima Carlos Roberto Santos Moreira, o “Michelângelo”  (de 29 anos), fato praticado na tarde do dia 18 de janeiro de 2020, por volta das 15h00, sendo o corpo da vítima encontrado boiando no Rio Itanhém, na região da “Prainha”, com marcas de torturas generalizadas, praticadas pelo uso de instrumento cortante, provavelmente um facão, apresentando lesões em diversas partes do corpo: braços, pernas, peito, abdome e na cabeça, tendo, inclusive, parte de suas genitálias cortadas.

Já a vítima Sheila Silva de Jesus, a “Sheilinha” (de 29 anos), companheira de Carlos, foi encontrada quatro dias depois, pelos moradores daquela mesma localidade, fato ocorrido na manhã do dia 23 de janeiro de 2020, por volta das 11h00, amordaçada e amarrada em uma cadeira no interior de uma residência local, também com visíveis marcas de torturas e em adiantado estado de decomposição, indicando que o duplo homicídio envolvendo o casal ocorreu durante o mesmo evento criminoso, nas mesmas circunstâncias e envolvendo os mesmos autores. O crime ocorreu na Zona Rural, na região conhecida como “Prainha”, às margens da BR 101 em Teixeira.

O caso foi encaminhado para o responsável pela Pasta de Homicídios, o delegado Manoel Andreetta, o qual após o desenvolvimento das investigações, imprimidas em conjunto com o SI – Serviço de Inteligência da 8ª COORPIN, através dos investigadores: Sérgio Adriano, Alexandre Augusto, Alex Honorato e Marcos Gomes, apuraram que as vítimas fatais, o casal Carlos e sua companheira Sheila estavam envolvidos com a prática de diversos crimes na região conhecida como “Prainha”, onde tinham o costume de consumir, traficar drogas e trocar objetos que os mesmos furtavam das residências e dos vários comércios situados nesta cidade.

Segundo apurou a nossa equipe de reportagem, o casal trabalhava como “vapor”, ou seja, como “meninos de pista” para os traficantes comandantes da área, os ex-internos do CPTF, a pessoa de Geovane Nascimento da Silva, (de 24 anos), sua companheira Edna de Jesus Fernandes (de 33 anos) e os seus gerentes, os irmãos Clebson Pereira Silva, o “Neguinho” (de 19 anos) e Isaías Pereira Silva (de 21 anos), todos pertencentes ao mesmo grupo de traficantes denominado grupo de Beto Carroceiro, aos quais se associaram ainda quando cumpriam pena junto com os respectivos líderes, anos atrás, no interior do CPTF.

Segundo as investigações, após praticarem um “derrame”, ou seja, de consumirem parte da droga que deveriam ter revendido para o grupo criminoso e de não terem repassado o dinheiro que deviam à organização, o casal, as vítimas Carlos e Sheila acabaram sendo mortos à golpes de facão pelos próprios comparsas, os executores Geovane, Edna, Clebson e Isaías, sendo Carlos ferido em diversas partes do corpo, inclusive em suas partes íntimas e Sheila amordaçada e amarrada nas mesmas circunstâncias, ambos torturados até a morte durante a mesma ação criminosa, no momento em que os integrantes do grupo buscavam informações acerca das drogas e do dinheiro desviados pelo casal.

O crime chocou e causou verdadeiro horror e comoção entre os moradores ribeirinhos da pacata comunidade da “Prainha”. Segundo informações levantadas pela polícia, os acusados por este crime são responsáveis por praticarem toda espécie de atrocidades envolvendo pessoas inocentes e moradores da área, crimes que vão desde a prática de ameaças de morte, agressões físicas, furtos, roubos e tráfico de drogas, até a prática de assassinatos em série, sejam contra seus próprios integrantes e comparsas dissidentes, sejam contra os membros integrantes dos vários grupos de traficantes rivais, tendo como motivação a guerra travada pelos envolvidos pelo controle dos pontos de vendas e distribuição de drogas naquele local.

Segundo o Delegado Manoel Andreetta, “a elucidação deste crime serve de exemplo para aqueles que ainda duvidam da capacidade dos policiais civis que atuam em Teixeira de Freitas e a resposta rápida, dura e eficaz cai como um golpe de marreta nos integrantes das organizações criminosas que ainda insistem em praticar homicídio por aqui”. De fato, afirmou o Delegado que “se os traficante insistirem em matar em nossa comunidade, a Polícia Civil intensificará ainda mais os trabalhos, sempre contando com a confiança do cidadão de bem, a parceria da imprensa, e com os demais órgãos de persecução penal, a Polícia Militar, o Ministério Público e a Justiça, também responsáveis pela manutenção da Segurança Pública em nossa cidade”.

O Inquérito Policial foi devidamente concluído, relatado e encaminhado à Justiça com o pedido de prisão preventiva dos envolvidos.

Liberdadenews

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