O governador da Bahia, Rui Costa (PT), foi indiciado pela CPI dos Repiradores da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, junto com o ex-secretário da Casa Civil da Bahia, Bruno Dauster, e o o secretário executivo do Consórcio Nordeste, Carlos Gabas, todos homens de confiança indicados pelo petista.

A investigação teve como alvo a compra fraudulenta de 300 respiradores pelo Consórcio Nordeste, que custaram R$ 48,7 milhões a nove estados, foram pagos antecipadamente a empresas que não tinham condições técnicas para fornecer o equipamento, e nenhum foi entregue.

Em quatro meses e meio de trabalho, a CPI juntou milhares de documentos e ouviu 72 testemunhas, convidados e investigados. Na presidẽncia do Consórcio, Rui contratou a Hempcare, empresa que fabrica produtos à base de maconha, sem atividade na área nem capital social necessário para uma compra como esta.

No dia 5 de abril de 2020, Carlos Gabas pediu aos estados a transferência do dinheiro, em no máximo 12 horas, para a compra de 30 dos ventiladores pulmonares. Cada um custaria R$ 164.917, valor 60% maior que o praticado no mercado. Os respiradores não foram entregues e o dinheiro não foi devolvido.

O relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito indicia Bruno Dauster por contratação direta ilegal e improbidade administrativa; Rui Costa e a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT) por improbidade administrativa; e Carlos Gabas por corrupção passiva e contratação direta ilegal.

Também foram indiciados Edinho Silva (PT), prefeito de Araraquara (SP), que receberia R$ 4 milhões em respiradores da Hempcare mesmo sem ser do Nordeste, e o secretário de Saúde do Rio Grande do Norte, Cipriano Maia, além de empresários e servidores públicos.

Aregião