Manifestantes fecharam a BR-101 na manhã desta segunda-feira (12), na saída norte de Eunápolis, e queimaram pneus, em protesto pedindo a instalação de quebra-molas ou radares na altura do quilômetro 709, próximo à Roça do Povo.
O comerciante Reginaldo Batista, de 49 anos, afirmou que devido ao excesso de velocidade há constantes acidentes no trecho. Ele ressalta que alguns carros chegam a atingir uma velocidade de até 170 km/h.
“A causa é justa, pois já tivemos aqui inúmeros acidentes. Só na semana retrasada foram três. Já tivemos mais de cinco mortes, incluindo de crianças. Outras pessoas que ficaram inválidas”, declarou.
Segundo o comerciante, em um protesto anterior, realizado um ano atrás, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) prometeu que, em 15 dias, faria a instalação de radares ou lombadas, mas a promessa nunca foi cumprida.
Agora, o grupo de moradores diz que só vai liberar a rodovia depois que o chefe do órgão, o engenheiro Aldo Apolônio, for ao local conversar com a comunidade.
“Só vamos liberar depois que tivermos nossos pleitos atendidos. Temos aqui um posto de saúde, colégio municipal e ponto de ônibus do outro lado da pista e as crianças precisam cruzar para pegar o transporte escolar. E por conta disso já tivemos crianças descendo do escolar e morrendo atropelada”, reforça o comerciante.
O engenheiro informou que está viajando e que só chegará à cidade por volta das 14h. Ele pediu a liberação da rodovia, com a condição de receber os manifestantes no escritório do órgão, assim que chegar à Eunápolis.
As polícias militar e rodoviária federal estão no local tentando convencer a comunidade a liberar o tráfego de veículo. Há um enorme congestionado de caminhões, ônibus e carros particulares nos dois sentidos da estrada. (Com informações do Radar64)