Rui Costa, do PT, é um dos três ministros de Luiz Inácio que deixaram o cargo de governador com um recorde no desmatamento do cerrado. Sob o comando de Costa, a Bahia perdeu 1.500 km quadrados só entre agosto de 2021 e julho de 2022, um aumento de 55% em relação ao período anterior, também governado pelo petista.
Mas não se trata só do cerrado. O petista Rui Costa também foi o líder em destruição da Mata Atlântica em 2022, derrubando 7.411 hectares só nos primeiros seis meses. Sob Rui, a Bahia desmatou mais de 49 campos de futebol por dia, sendo o pior estado na manutenção da Mata Atlântica.
O mais preocupante é que essa destruição é feita com aval do Governo do Estado. Uma das razões é a emissão indiscriminada de autorizações de desmatamento, segundo mostra um levantamento do Instituto Mãos da Terra e a UFBA. Eles analisaram 16 processos administrativos do Inema.
Todos são de “Autorização deSupressão de Vegetação Nativa”. Elas tem sido emitidas mesmo quando os requerentes não cumprem requisitos legais. Entre setembro de 2007 e junho de 2021, o governo estadual concedeu 5.126 autorizações para desmatamento em todos os biomas, em uma área de 992.587 hectares.
Aregião
O resultado do estudo, divulgado na Câmara de Barreiras, lista uma série de irregularidades, incluindo conflitos com comunidades tradicionais, uso de técnicas para captura de fauna que podem ser fatais e pareceres assinados por servidores sem qualificação técnica, entre outras falhas.
A fazenda que mais desmatou foi o Condomínio Delfin, em Formosa do Rio Preto, com derrubada irregular de 24.732 ha de Cerrado nativo. Em segundo está Santa Colomba, em Cocos, com 4.986 ha e em terceiro Formosinha, com 3.321 ha. Neste caso, não houve justificativa para o desmatamento, mas a licença foi dada.
No Maranhão, que era governado pelo ministro da Justiça Flávio Dino (PSB), o desmatamento do cerrado atingiu quase 3 mil km² no ano passado, segundo o Inpe. Os dados foram publicados pelo jornal Folha de S.Paulo no domingo passado. Foi o líder de destruição do cerrado, com aumento de 25% em um ano.
Na lista de governadores “serra elétrica” também está Wellington Dias (PT), que governou o Piaui e hoje é ministro do Desenvolvimento e Assistência Social. Sob seu comando, o estado destruiu 1.100 km² de agosto de 2021 a julho de 2022, mais que o dobro do período anterior.