O mandatário Luiz Inácio, do PT, escolheu Rose Rodrigues, militante do MST, que promove invasões a terras produtivas e destruição de lavouras, para comandar o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, o Incra. Rose participou de outros movimentos de esquerda ligados aos conflitos por terras.

A escolha contou com o aval de dois parlamentares do PT sergipano: o deputado federal João Daniel, um dos líderes do MST em Sergipe, e do senador Rogério Carvalho. O Incra faz parte do Ministério do Desenvolvimento Agrário, pasta sob o comando do petista Paulo Teixeira.

O ministro escolhido por Lula também é ligado ao MST. Teixeira já se mostrou crítico aos avanços conquistados na distribuição de terras no Brasil durante o governo Jair Bolsonaro, que bateu recorde de entrega de títulos de terras. Ao longo de quatro anos, foram 400 mil, média de 100 mil por ano, a maior da história.

Teixeira não reconheceu o avanço e chamou os documentos de “papel de pão”, em uma entrevista ao jornal Folha de S.Paulo. Ele também afirmou que pretende tomar as terras dos devedores do Governo Federal para usar na criação de assentamentos dominados pelo MST.

Geraldo Melo Filho, que presidiu o Incra durante a gestão de Bolsonaro, discorda do ministro. Ele explicou que os documentos são da mesma natureza que os de outros governos. “Títulos de domínio e contratos de concessão de uso de terras têm valor jurídico”, lembrou. Com Oeste.