Dos brasileiros no momento, segundo um levantamento feito em todas as capitais pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Os dois temas lideram o que as pessoas consideram os maiores problemas a enfrentar.
Elas querem a melhora da saúde pública (39%) e o combate ao desemprego (39%) como prioridades. Depois citam investimentos em educação (38%), combate à corrupção (25%), combate à violência (20%), controle da inflação (18%) e diminuição de impostos (18%).
As áreas que mais devem registrar avanços neste ano, segundo acreditam, são a criação de empregos (42% acreditam que vai aumentar), o combate à inflação (35%) e a diminuição da inadimplência (32%). Por outro lado, acham que algumas áreas não vão evoluir.
É o caso da melhora da renda e salário, que para 43% seguirão estagnados, e os investimentos em saúde, que para 42% não vão se alterar. Embora a retomada da economia ainda aconteça em ritmo gradual, os brasileiros estão otimistas para 2020.
45% deles têm a percepção de que a economia vem se recuperando, embora 37% avaliem que essa retomada é lenta e apenas 8% consideram acelerada. Já 31% não percebem sinais de crescimento e 17% acham que a situação está piorando. Outros 7% não sabem avaliar.
Reformas ajudam
Para o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, o que se espera é que os setores de comércio e serviços voltem a empregar, fazendo o dinheiro circular novamente. “Alguns avanços foram percebidos durante o primeiro ano da gestão do novo governo”.
Ele cita a reforma da previdência, “mas há muitos desafios a serem enfrentados, principalmente diante do alto índice de desemprego no país”. E não está sozinho. 66% consideram a reforma tributária necessária e 32% estão otimistas com os impactos da reforma da previdência na economia.
Na avaliação dos entrevistados, a aprovação das reformas estruturais deve melhorar o ambiente econômico. Para 66%, a reforma tributária, que prevê a reestruturação do sistema de cobrança dos impostos no Brasil, é necessária.
Também é considerada necessária a reforma administrativa (58%), que contempla a revisão de salários do funcionalismo público e o fim da estabilidade. Outra medida considerada importante é a “PEC Emergencial” (57%), que propõe a criação mecanismos de redução dos gastos públicos.
Tributos em excesso
Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, “a carga tributária avançou muito nas últimas décadas e a sensação é de que não há retorno em serviços públicos de qualidade. Não bastasse o peso da carga, as empresas enfrentam uma burocracia enorme para ficar em dia com o fisco”.
Dos que defendem a reforma tributária, 38% justificam que sua aprovação poderá reduzir a burocracia no pagamento de impostos e melhorar a questão fiscal (36%). Outros 36% acreditam que vai estimular o consumo, enquanto 32% acham que deve reduzir a sonegação.
De forma geral, a maioria das pessoas ouvidas acredita que as novas reformas propostas pelo governo têm chances de serem aprovadas, principalmente a abertura ao comércio internacional (60%) e as privatizações e concessões (59%).
O levantamento ainda revela que 68% avaliam que a reforma da previdência foi necessária. Com a sua aprovação, 32% mostram-se mais otimistas em relação à retomada do crescimento, enquanto 31% estão indiferentes por não achar que a reforma traga grandes mudanças.
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