Brasil, um índice preocupante que em 2018 foi o maior da história. Em 2018, 23% dos jovens de 15 a 29 anos – 10,9 milhões – não estudavam, nem trabalhavam, os chamados nem-nem. Foi o maior índice da série histórica. Os dados foram divulgados nesta quarta (6) pelo IBGE.

Entre os jovens de 18 e 24 anos, a incidência chega a 27,9% e nos jovens adultos, de 25 a 29 anos, a taxa de nem-nem é de 25,9%. Segundo o IBGE, o fenômeno é fortemente influenciado pela interrupção dos estudos. Dos jovens de18 a 24 anos nessa condição, 46,6% não tinham concluído o ensino fundamental e 27,7% só têm ele.

Na faixa entre 25 e 29 anos, a proporção é de 44,1% e 31,2%, respectivamente. Dos jovens que concluíram o ensino médio, há mais nem-nem entre os que fizeram o ensino regular que entre os do ensino técnico. O gerente da pesquisa, André Simões, explica que o fenômeno é estrutural.

“É um segmento estrutural, porque tem fatores que dependem de políticas específicas para que haja redução. Por exemplo, há um percentual elevado de mulheres, mulheres com filhos e também mulheres que realizam afazeres e cuidados domésticos que impedem que elas possam ir para o mercado de trabalho”.

Buscando trabalho

Se entre os homens de 25 a 29 anos nessa condição 51,5% buscavam trabalho, entre as mulheres na mesma idade a maior proporção está fora da força de trabalho, com 67,7% sem procurar trabalho. Segundo o IBGE, entre as justificativas para não procurar ocupação estão os afazeres domésticos e cuidar de filhos ou parentes.

Os dados do IBGE revelam que 2,4 milhões de jovens estão na situação de não estudar, não estar ocupado e não procurar trabalho. Entre esses, 57,4% estavam em desalento, provocado principalmente por falta de trabalho na localidade (39,6%), não conseguir emprego adequado (10,7%) ou não ter experiência ou qualificação (6,1%).

Entre os jovens que integram os 20% da população com menor rendimento domiciliar per capita, 42,3% eram nem-nem em 2018. A taxa de desocupação geral no país em 2018 estava em 12%, mas no grupo de 14 a 29 anos chegou a 22,6% em 2017 e fechou 2018 em 22,3%. (ABr) 

Redação/plantãoteixeira

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