As capitais brasileiras devem iniciar a vacinação contra a Covid-19 na próxima quarta-feira. O Ministério da Saúde trabalha com a possibilidade de enviar até oito milhões de doses da CoronaVac e da vacina da AstraZeneca/Oxford, já armazenadas ou próximas de chegar ao país. O imunizantes ainda dependem da aprovação para uso emergencial pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A agência promete uma decisão até domingo.
O ministério afirma que aguardar a chegada dos imunizantes em todos os municípios do país poderia atrasar o cronograma. Segundo a pasta, há um impedimento legal para distribuir as doses antes da autorização da Anvisa.
Saiba mais: a vacinação será dividida em quatro fases, que focam nos grupos considerados prioritários, e os profissionais da saúde que estão na linha de frente do atendimento devem ser os primeiros a serem imunizados. A Fiocruz planeja entregar 210 milhões de vacina da AstraZeneca/Oxford ao longo de 2021, enquanto Instituto Butantan terá capacidade para produzir 1 milhão de doses da CoronaVac por dia no primeiro semestre e aumentar para 2 milhões no segundo.
Entrevista: a pesquisadora de Oxford, Sue Ann Costa Clemens, coordenadora dos ensaios clínicos no Brasil, afirma que a vacina da Fiocruz é 70% eficaz já na primeira dose e diz que a estratégia de ampliar o prazo para a aplicação da segunda dose é correta.
Em foco: o Ministério da Saúde informou ao Supremo Tribunal Federal que não tem seringas e agulhas para a campanha de vacinação. A pasta disse que a aquisição dos insumos geralmente é feita pelos estados, que têm em estoque 80 milhões de unidades.
O governo aguarda a chegada de 40 milhões de seringas e agulhas adquiridas por meio de um acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). O envio será feito por partes. O ministério demorou três meses para responder à oferta da Opas e optou pelo frete marítimo, mais demorado que o aéreo, ignorando as recomendações de técnicos da pasta.
*As informações são do Globo
