Não é novidade que o Tribunal de Contas dos Municípios é usado para abrigar políticos amigos do governador de plantão que fracassaram nas eleições ou poderiam enfrentar problemas legais sem cargo. A indicação política é a norma, porém sempre se tentou dar um ar de “capacidade” para o cargo.

Foi o caso, por exemplo, de Mário Negromonte e Nelson Pellegrino. Mas o projeto do ex-governador Rui Costa de emplacar no tribunal sua esposa Aline Peixoto, enfermeira, passa do razoável e gera irritação na bancada dos partidos aliados, onde vários políticos fracassaram e buscam um abrigo.

É o caso, por exemplo, do PCdoB, que acha ter o direito de indicar o nome de Fabrício Falcão. Ele alega que abriu mão desse nome para o PT nomear Pellegrino na última vaga. Os comunistas ainda criticam o usod e um critério familiar ao invés de contemplar “militantes” do grupo.

O próprio PT é contra a nomeação de Aline, até pela dificuldade em justificar uma enfermeira julgando contas num tribunal supostamente técnico. PCdoB e PV têm medo de falar abertamente, mas já combinaram de votar contra a manobra de Rui Costa. Os comunistas alegam que são o único partido “não contemplado”.

Correndo por fora tem ainda o maior perdedor de 2022. Marcelo Nilo, rejeitado para vice-governador e para senador pelo PT, pulou o muro achando que ia ter essa chance com ACM Neto. Não teve e acabou perdendo a eleição para deputado. Agora sem cargo nem direção, tenta convencer os amigos na Assembleia.

Fonte:Aregião