Alguns adolescentes de Itabuna já fizeram do Extremo Sul, em Salvador e São Paulo, o deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ) iniciou a coleta de assinaturas para abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), cujo objetivo é investigar hospitais que fazem transição de gênero em menores de idade, o que é proibido por lei.
“Contraditoriamente, crianças não podem trabalhar nem contrair matrimônio, mas podem ser submetidas a alterações corporais irreversíveis”, constatou Otoni. No Brasil, cirurgias desse modelo são permitidas apenas a partir dos 18 anos, mas estão sendo feitas em menores.
Otoni de Paula defende que crianças não sabem o que significa a transição de gênero. O parlamentar disse que a disforia de gênero tem de ser interpretada como uma questão passageira. “Vale reforçar que crianças podem apresentar comportamentos transitórios até mesmo quanto à sua identidade humana”, observou.
“Um bom exemplo disso são as crianças que se reconhecem como os personagens de quadrinhos que elegem seus preferidos, como o super-homem.” A CPI, caso seja instalada, deve investigar o hospital da UFBA, que já fez inclusive em adolescentes de Itabuna, e o Hospital das Clínicas, da USP, em São Paulo.
Só nele existem hoje 280 menores de idade em processo de transição de gênero. Desse total, 100 são crianças de 4 a 12 anos e 180 são adolescentes de 13 a 17. Além desse público, há 100 adultos, a partir dos 18, na mesma situação. O processo é de difícil reversão e tem gerado suicídios em pessoas que se arrependeram.
Com Oeste