O caos na rede de saúde de Teixeira de Freitas tem piorado a vida da população mais pobre, agravando ainda mais as condições de trabalho dos profissionais da saúde e assistência social

SAÚDE – O caos na rede de saúde de Teixeira de Freitas tem piorado a vida da população mais pobre, agravando ainda mais as condições de trabalho dos profissionais da saúde e assistência social. A maioria da população do município, assim como no país, reconhece e utiliza o sistema público de saúde.

Entretanto, a população lida constantemente com os graves problemas de estrutura dos equipamentos públicos, falta de remédios básicos como dipirona, filas de espera para consultas e especialidades, quadro reduzido de médicos, demissões frequentes de trabalhadores e até interdições de unidades por risco, caso da UBS (Unidade Básica de Saúde) da Colina Verde que apresenta rachaduras.

Tudo isso já é o suficiente para gerar protestos e revoltas pelo estado de caos na saúde do povo trabalhador, principalmente nas periferias da cidade. Teixeira de Freitas possui 145.216 pessoas, de acordo com o último censo do IBGE (2023), sendo uma das maiores cidade da região do Extremo Sul.

Mas possui quadro insuficiente para cobertura da saúde. De mil habitantes da cidade, existe 1 médico disponível na rede. O número está abaixo do mínimo recomendado pelo Governo Federal, de 3 médicos para cada mil habitantes. Muitas UPA, Hospitais e UBSs estão distantes do local de moradia de parcela da população, além de já estarem esgotadas pelas demandas acima do previsto para um atendimento digno.

De acordo com denúncia feita em março deste ano pelo Sindicato da Saúde dos profissionais da saúde estão em risco de serem demitidos. Gradativamente as demissões já estão ocorrendo em diversos equipamentos de saúde e assistência social. As trabalhadoras que doaram suas vidas para cuidar da população, mesmo nos momentos de pico da pandemia do Covid-19, são as mesmas que são demitidas, sem explicações cabíveis, o assédio moral no trabalho são inúmeros.

Exemplo disso, foi a demissão de uma técnica de enfermagem Zerite do distrito de Santo Antônio, com a justificativa de “redução de folha de pagamento”. Ela relata que já estava com agenda comprometida, com vários atendimentos marcados e as pessoas ficaram sem atendimento.

A verdade é que o direito à saúde no município tem sido refém de uma gestão fascista e neoliberal. Em última instância é o Prefeito Dr Marcelo Belitardo quem dita as regras, junto ao Secretário de Saúde Danilo Ricardo. Não é de hoje que o prefeito é denunciado pelos vereadores Lucas Bocão e Marcos Belitardo pelos crimes e escândalos de corrupção.

Redação/PlantãoTeixeira